sábado, abril 07, 2012

Uma nova realidade


  Havia um casal sentado em um banco no parque, tinha uma árvore com folhas amarelas e alaranjadas caindo ao chão, eles estavam olhando para o lago, estavam conversando e rindo. Assim que me ouviram se viraram e com um sorriso angelical me receberam de braços abertos.
 -Como você está? -minha mãe me perguntou com um olhar afetuoso quando me sentei ao seu lado-
-Como acham que estou? -perguntei, pois nem eu sabia definir o que sentia agora-
-Pelo jeito que age parece estar como antes, está "indo".. -minha mãe disse com reprovação-
-Mas parece que agora as coisas vão mudar.. -meu pai disse para mim-
-Será? Porque parece que nada vai dar realmente certo, tem sempre um "e se". Tem vezes em que parece que eu vou cair e vocês não estão mais lá para me ajudar.
-Bella, existem pessoas que irão lhe ajudar em qualquer coisa. Luana, ela nunca lhe abandonará, é sua família e seus avós estarão dispostos a lhe ajudar a qualquer momento. 
-Eu sei que posso contar com eles e agradeço muito por ter eles aqui comigo.
-Então siga em frente com eles Bella. -eu não respondi-
-Venha conosco. -meu pai disse e nos levantamos do banco-
  Fomos andando até um local vazio, na medida em que nos aproximávamos um portão ia se formando, era feito de luz, nós atravessamos a luz e paramos em minha casa.
  Luana estava em seu quarto, chorando. Ela olhava algumas fotografias de meus pais, ela sorria ao lembrar, mas seus olhos estavam cheios de lágrimas. Ela fechou a caixa com as fotografias e colocou embaixo de sua cama. Ela se sentou na cama e se desabou em lágrimas..

  Aquela cena não parecia real, eu nunca vi Luana chorar daquela forma, meu pai e ela além de irmãos eram melhores amigos e eu podia ver a dor que ela sentia ao perdê-lo.
  Ela deitou na cama e se cobriu, ela chorava baixinho.
-Ela não quer lhe acordar. Por isso chora baixinho. -meu pai esclareceu sem eu nem precisar dizer nada-
  Ele se sentou na ponta da cama, seu olhar era triste. Ele sentia a dor dela e não podia fazer nada, aquilo o magoava. Minha mãe colocou a mão em seu ombro e ele a segurou.
-Venham. -eu disse e atravessei o portão-
  Eles vieram atrás de mim, eu não queria vê-los sofrer.
Nos sentamos novamente no banco e esperei eles se recomporem.

-Não fiquem tristes, é só a falta que vocês fazem.
-Filha, a culpa não foi nossa, não pedimos para ir, mas não queremos ver nenhum de vocês sofrendo. Algumas noites Luana vê nossas fotos e sente muita falta, mas ela faz algo que você não faz. Ela segue em frente, mas você não está a ajudando então ela desaba. -meu pai disse-
-Eu causei isso?
-Não meu bem, seu pai quis dizer que vocês duas tem que se ajudar, mas ela é a única a tentar.

-É.
-Não queremos ver vocês sofrendo.
-Eu sei.
  Nos levantamos do banco e fomos caminhar, após um tempo sem nada dizer minha mãe me pergunto:.
-Como vão as amizades?
-Melany é incrível, uma ótima amiga e Brandon é muito legal. -eu disse um pouco envergonhada-
-Isso é ótimo filha! -minha mãe disse-
-É, eles me ajudam bastante!
-É! Parece que ganhou algumas inimizades.
-É, Jennifer e suas seguidoras. 
-Cuidado. -meu pai me alertou-
-Tudo bem!
-Adeus filha!
-Esperem, fiquem mais..
  Eles me abraçaram e foram desaparecendo na luz forte que se aporximava..

  O barulho ensurdecedor do relógio me acordara de meu mundo, de volta a realidade que a muito tempo não me satisfazia. Saudades da época em que minha vida fazia sentido, em que a tristeza não me rodeava e a dor só vinha fisicamente. Tenho uma ferida em meu coração e ela parece nunca sarar, sinto falta da época em que meus ferimentos eram arranhões na perna ou no braço por cair da bicicleta e quando minha mãe vinha cuidar de mim, fazer um curativo. 
  A realidade está bastante diferente agora, pareço ser automática, ligada todas as manhãs para apenas viver, sem nem sequer questionar ou mudar meus planos, sempre seguindo os mesmos padrões.
  Desliguei aquele despertador que me trouxe de volta, acordei Mel. Ela foi tomar banho no banheiro do corredor e eu no meu para não nos atrasarmos. Fiz minha higiene matinal e me despi, liguei o chuveiro e fitei a água que caia, coloquei minha mão na água que caia do chuveiro e a levantava e subia calmamente, eu estava distante.
  Será que eu realmente vou conseguir sair disso? Me sinto mal por estar assim. Luana tem tentado ser forte, tentado sair dessa, mas eu continuo na mesma. Ela tenta ser forte por mim, mas a única coisa que faço é me fechar e tentar me distrair, vejo meus pais em meus sonhos e eles tornam a teimar a mesma coisa: Meu amor, tente ser feliz. Siga em frente! 
  Tudo se direciona a isso, mas não é fácil. E se fossem eles no meu lugar, como se sentiriam? Eu vivi meus 14 anos ao lado deles, eles eram tudo para mim. Minha base, meus professores da vida, tudo se relacionava ou se direcionava a eles e de repente eles se vão, bagunçando tudo em mim. Eu me perdi.
  Devo admitir que eles tem razão, eu não estou ajudando Luana, que faz tanto por mim...
"Parece que agora as coisas vão mudar" esta frase não sai da minha cabeça e toda vez que a imagino penso nele. No Brandon. Ele mudou algumas coisas, essa dor e esse espaço vazio some quando estamos juntos, é gratificante. Perco minha linha de raciocínio quando ele abre meu sorriso favorito, eu não sei nem como respirar quando ele me olha daquele jeito. Acho que Melany tem razão, estou apaixonada.
  Me banhei e depois sai do banheiro. Coloquei meu roupão e saí do banheiro. Mel estava com uma calça jeans preta e uma blusa listrada preta e branca com uma carinha smile verde.
-Gostei! -me referi a sua roupa-
-Obrigada! -ela sorriu e foi procurar seu sapato-
-Eu não sei o que vestir. -disse olhando meu guarda-roupa-
-Posso escolher?
-Pode. -disse e me sentei em minha cama-
  Ela vasculhou meu guarda-roupa até encontrar uma roupa que a agradasse. 
-Coloque esta calça. -ela disse me entregando uma calça legging preta reluzente- 
  Peguei a calça e a vesti, ela procurava uma blusa e eu seus sapatos.
-Aqui, vista essa. -ela disse me entregando minha blusa branca com "What The Hell" escrito de preto na frente- Hoje faz frio então ponha essa jaqueta. -ela me deu minha jaqueta de couro preta. Ela era bonita, não era muito grande, seu cumprimento ia até minha cintura-
-Obrigada!
-De nada! -ela sorriu- Agora deixe-me escolher seu calçado.
-Tudo bem! -eu disse terminando de vestir a blusa-
  Mel gostava de montar looks, ela montava de tudo desde o rock até o estilo mais romântico. 
Procurei um calçado para ela e ela para mim.
  Ela escolheu um osiris girls shoes preto com rosa para mim e eu escolhi uma bota de cano curto para ela, ela colocou um casaco e uma jaqueta por cima.
-Está com muito frio? -perguntei olhando para seus agasalhos-
-ela riu de leve- Parece minha mãe falando. -rimos- É que minha jaqueta não esquenta muito e fica legal assim, não gostou? 
-Gostei sim. -sorri-
  Colocamos alguns acessórios, apenas o básico. Relógio, pulseira, cordão e anél. Descemos e minha tia colocava nosso café da manhã no bar da cozinha.
-Hmm.. O cheiro está ótimo! O que temos para o café? -perguntei a Luana-
-Bom dia para vocês também, meninas! 
-Desculpe. -pedimos- Bom dia! -rimos-
-Temos waffles, pão, suco de laranja, bolo, queijo, requeijão ou manteiga, suco de morango, salada de frutas e biscoitos. -ela disse e Melany e eu nos sentamos-
-Hmm.. -disse e peguei alguns waffles-
   Comemos, pegamos nossas mochilas e fomos para a escola. Lu queria nos levar,mas estava atrasada e a escola não era tão longe, a convencemos e fomos para escola.
  A caminho Melany enviou uma mensagem a mãe dela, disse que estava tudo bem e que estava chegando na escola e que quando voltasse pegaria suas coisas e iria para casa. Charlotte respondeu o SMS com um: Obrigada por avisar meu bem! Seu pai saiu hoje, estamos indo procurar emprego para ele. Quando voltar estaremos em casa! Beijos e boa aula. Nós te amamos.
  Ler aquilo me causou um pouco de inveja, mas eu logo reprimi esse sentimento. O que a Melany fizera era costume meu fazer com meus pais. E sempre tinha um "Estamos te esperando aqui em casa. Nós te amamos." Agora eles não estão mais lá, quando eu voltar encontrarei a casa vazia, somente eu e o silêncio abitaremos lá, pois nem Carol iria hoje. Hoje seria um dia medonho. É irracional pensar assim, pois eu queria tanto estar sozinha, mas agora essa ideia só me causa aflição.
-Bella, meu pai foi procurar um emprego! -Melany disse empolgada me tirando de meus devaneios-
-Isso é ótimo Mel! Espero que ele consiga! -disse sincera, Mel havia me contado que só sua mãe trabalhava, seu pai não conseguia arrumar emprego-
-Espero que sim e se ele foi procurar emprego significa que ele está bem! -ela disse ainda mais empolgada-
-Ele estava doente?
-ela paralisou durante uns segundos e seus olhos pareceram ver algo que eu não podia ver- Está.. ou estava. -Mel respondeu voltando a realidade-
  Atravessamos a rua e continuamos a andar. Por que ela ficara daquela forma quando eu a perguntei se seu pai estava doente? Ela não ia mais tocar nesse assunto, isso era verídico. Não teimei, fingi não ter reparado em sua reação, mas isso me deixou um pouco preocupada e mais observadora. Mel era sempre alegre, aquele assunto deveria ser realmente desagradável para ela ficar daquela forma.
  Mel e eu colocamos nossos fones e começamos a escutar música. 
  Chegamos na escola e fomos direto ao nosso banco que ficava perto da porta da escola. Ainda era um pouco cedo e tinham poucos alunos lá, a maioria estava dentro de seus carros. Aumentei o volume da música até conseguir sair da realidade. Eu olhava para os lados sem estar prestando atenção.


Continua...

Feliz Pascoa meninas! Espero que ganhem muitos chocolates, este capítulo foi dedicado a todas vocês. É um presente de pascoa, espero que tenham gostado!
                                                                                                                      Kisses and Bye!

Respondendo aos comentários:
Brunna Ramos: Hahaha. Que bom que as coisas se esclareceram, mas ainda tem surpresas e coisas desagradáveis por vir ;) Espero que tenha gostado desse capítulo! *-*



sexta-feira, abril 06, 2012

Uma nova realidade


-Oi Luana! -eu disse-
-Oi Bella, estou ligando para saber quando você vem para casa. -ela disse-
-Ah, claro. Pode vir nos buscar. -eu disse-
-Não, deixe que Patrick e eu levamos vocês para casa, está bem? -Brandon pediu, não tive como negar, ele parecia um bebê pedindo algo, eu assenti-
-Tia, não precisa vir nos buscar, já estamos indo. Um amigo nosso vai nos levar, tudo bem?
-Tudo bem, mas venha agora, está bem? 
-Tudo bem, Tchau.
-Tchau.
  Desliguei e fomos procurar os outros, nos despedimos e entramos no carro com Patrick e Melany, durante o caminho eu e  Brandon não parávamos de nos olhar intensamente. Estávamos juntinhos, ele sussurrava lindas frases em meu ouvido me deixando arrepiada. Algumas eram "Seus lábios são tão doces.." outras eram alguns versos de poesias, não me lembro de ter as escutado em nenhum lugar, outras eram lindas frases "É como ser atingido por um relâmpago, as chances de encontrar alguém como você é uma em um milhão" esta foi a frase que mais me encantou. Eu selei nossos lábios após ele dizer estas belas palavras.

  O carro parou em frente minha casa e eu desci, ele abriu a mala e pegou um enorme urso de pelúcia.
-Este é o seu presente! -ele disse sorrindo, era maior do que eu-
-Ele é lindo. -ele era um urso branco com uma laço vermelho envolvendo seu pescoço- Eu amei. -eu disse o abraçando- Obrigada.
-De nada, ele só não é tão lindo como você. -ele disse me fazendo corar-
-Ele é lindo e se torna perfeito por você ter me presenteado. -eu disse, dei um beijo no canto de sua boca e entrei em casa com Melany-
  Ela iria dormir na minha casa hoje, nós entramos e minha tia logo perguntou sobre o enorme urso sendo carregado por mim.
-De que é esse urso? -minha tia perguntou-
-Da Bella! -Mel disse- Não é lindo?
-É sim! Ganhou?

-Sim. Vou guardá-lo, Mel, me ajude por favor? -eu pedi subindo as escadas-
-Claro, Melany me ajudou a subi-lo.
  Chegamos em meu quarto e eu o coloquei ao lado de meu guarda-roupa. Deitei em minha cama e fiquei olhando para o teto, fechei meus olhos e só imaginava nosso beijo, o sorriso dele, suas palavras.. Tudo! Eu ainda podia sentir o doce sabor de seus lábios, a suavidade de seu toque, suas palavras ditas ecoavam em minha mente..
-Bella? -Mel me chamou se sentando no canto da cama-
-eu abri meus olhos e sorri para ela- Sim?
-ela riu de leve- Vocês se beijaram?
-Sim! -meu sorriso aumentou-
-Como foi?
-É difícil dizer.. -e era mesmo-
-Pode tentar!
-Tá.. Foi maravilhoso, eu não sei dizer, ele foi tão doce, tão sincero e apaixonado. Ele me deixou sem fala.
-Mel estava com os olhos brilhando- Vocês estão apaixonados! -ela afirmou sorrindo-
-eu ri dela- E você?
-O que quer saber?
-O quer me contar? -eu não queria pressioná-la a nada, ela poderia me contar o que quisesse-
-ela sorriu- Nos beijamos.. Algumas vezes. Conversamos bastante, Bella ele é maravilhoso. Me sinto segura quando estou com ele. -ela disse com os olhos brilhando-
-Está apaixonada! -eu disse como ela e rimos-
-Como isso é possível, acabamos de nos conhecer..
-Não sei. Amor a primeira vista, talvez. Isso realmente importa?
-Tem razão. Não importa.
-Vamos dormir? -perguntei-
-Se conseguirmos. -rimos-
  Tomamos banho e fizemos nossa higiene, nos deitamos para dormir, mas só conseguíamos conversar sobre nossa noite e sobre eles. Nos perguntamos se eles estavam pensando em nós também. Mel e eu conversávamos sobre nosso passado agora.
-E os seus pais? -Mel me perguntou me trazendo lembranças e algumas lágrimas aos olhos-
-Bem.. -eu limpei as lágrimas antes que começassem a cair- Meus pais morreram em um acidente de carro. -eu disse num tom baixo, estava tentando não chorar-
-Sinto muito, você tinha quantos anos? -ela me perguntou, eu consegui conter as lágrimas-
-14 anos. Meus pais se foram a alguns meses atrás.. -eu sussurrei-
-Ah Bella, me desculpe. Sinto muito. -ela me abraçou-
-Tudo bem, eles estão bem agora. -eu disse tentando me convencer-
-Estão sim! -ela disse- Se não quiser fala deles, tudo bem.
-Não, eu amo falar deles, mantem as lembranças mais próximas de mim e as lembranças me deixam feliz de uma certa forma.
-Eles deveriam ser ótimas pessoas!
-Eram sim, meu pai era incrível e minha mãe também. Ela parecia uma rainha! -eu sorri me lembrando dela- Tudo o que ela fazia era admirável, ela era tão delicada, tão perfeita, tanto por dentro quanto por fora. Meu pai era muito especial, intelectual e muito engraçado. Fomos o que muitos chamariam de família perfeita, mas eu só via uma família feliz.
-Pelo que você descreve eram mesmo. Sente muita falta deles, não é?
-Muita. Todos os dias, todos os momentos.
-Bella, seja onde eles estiverem, eles estarão bem e com certeza estão orgulhosos pela filha que criaram. Sei que eles querem ver você feliz!
-É. -é fácil dizer quando você não está sentindo-
-Vamos dormir. Boa noite!
-Boa noite!



JENNIFER NARRANDO
  Cheguei em casa e minha mãe encontrava-se jogada no sofá da sala, parecia estar completamente embriagada. Ela passara mais uma noite pelos bares. Nossa casa parecia ter sido invadida por animais, estava tudo revirado e alguns vasos de vidro destruídos.
  A televisão estava ligada, mas ela dormia. Ela estava apenas de roupas íntimas rasgadas, ela estava encolhida. Estava arrepiada de tanto frio. Tranquei a porta da sala e fui até meu refúgio, como gosto de chamar meu quarto, peguei uns lençóis e voltei a sala. A cobri e fui até a cozinha, lavei as louças que se acumulavam na pia e depois as guardei. 
  Arrumei toda a cozinha, que não era tão grande, e fui para meu refúgio. Sentei na mesa de meu computador e o liguei. Fui checar meus e-mails e lá tinha um de minha tia. Ela era irmã de minha mãe, pois meu pai eu não conhecia. Ele me abandonou antes mesmo de eu nascer e nunca mais voltou.
  Ele disse não querer filhos e mesmo assim minha mãe não me abortou, ele disse que se ela não se livrasse de mim ele iria embora, ela disse que assim que eu nascesse ela me largaria em um orfanato. Ele concordou com a ideia, mas foi embora assim que descobriu que era mentira. Minha mãe fingira aquilo só para tentar convencê-lo.
  Ele disse que não me amava e que não amava minha mãe, que arrumaria uma vadia na qual ele pudesse "se divertir" e não ter responsabilidades, como um filho.
  Ele foi embora e nunca mais voltou, minha mãe me gerou e depois entrou em depressão. Quando ela melhorou ela não queria saber de mim, minha tia cuidou de mim durante minha infância, quando completei 9 anos eu vim morar com minha mãe, foi uma escolha minha.
  Ela vive me culpando por meu pai ter a deixado, diz que se eu não existisse ela seria feliz e preferia que eu não tivesse nascido. Vive bebendo e sempre volta para casa sem calcinha. Hoje fora um milagre ela estar de roupas íntimas. A casa revirada e vidros quebrados significa que ela se exaltou novamente. Depois de quebrar as coisas ela deve ter chorado e dormido, como sempre faz..
  Ela fica com homens na rua e volta embriagada para casa, teve um tempo que ela fez isso por dinheiro. Ela não vendia seu corpo, mas após as relações sexuais eles compravam algumas coisas para ela ou pagavam bebidas. Ela dizia aproveitar a noite e ainda ganhar por isso. Era deprimente vê-la dizer estas coisas. Ela sai com caras mais jovens ou mais velhos, já saiu até com garotos próximos a minha idade.
Já me deixou muitas noites sozinha, com medo. 
  Mas no fundo sei que isso não é por mal, lá no fundo existe uma mãe que me ama muito e está louca para cuidar de mim, mas infelizmente o orgulho, a magoa e outros sentimentos a mantém em cativeiro lá dentro.
  Abri a mensagem que minha tia enviara para mim:
"Olá meu bem, como está?
Como vai a escola? Está tirando boas notas? Ser a líder de torcida está lhe dando muito trabalho? Como vão as amizades?
Bom, aqui está tudo bem, seu tio e eu estamos com saudades. Ele lhe mandou um abraço. Vamos viajar em breve e só voltamos daqui a 4 dias. Se quiser ir conosco é só avisar, está bem?
Sei que as coisas podem não estar indo bem, mas você tem a nós e pode voltar quando quiser, as portas estarão sempre abertas. Além do mais você tem o Brandon. Como vai o namoro de vocês? Me conte tudo! Beijos de seus tios que te amam! "
"Como vai o namoro de vocês?" Fechei minha mão em punho ao ler esta frase, meus olhos estavam fechados e minhas mão fechadas na frente de meus olhos. Esperei me acalmar para responder.
"Olá tia, estou como sempre.. Indo. E vocês? 
Eu também sinto falta de vocês. Muita! As coisas realmente não estão fáceis por aqui. Hoje ela chegou cedo em casa, mas só estava de roupas íntimas e elas estavam rasgadas. Ela parecia embriagada como sempre, acho que nunca a vi sóbria ou está bêbada ou está de ressaca. 
Estou indo bem na escola, minhas notas permanecem alta. E não, ser líder de torcida não está me dando trabalho, rs.
Eu só tenho vocês ao meu lado agora. Brandon e eu terminamos, mas não por muito tempo. Vou lhe explicar direito:
Eu e ele estávamos juntos, mas assim que as aulas voltaram ele começou a me evitar. Depois de um dia de aula ele faltou a escola, eu liguei muitas vezes para ele, mas ele nunca me atendia, depois de um tempo desligou o celular. Eu mandei várias mensagens e até fui na casa dele, mas a imbecil da avó dele dizia que ele não estava. Odeio aquela velha.
Ele voltou a escola, perguntei várias vezes o que houve, ele teimava a dizer que não sabia o que estava acontecendo. Fomos todos embora e ele me mandou uma mensagem dizendo para nos encontrarmos no restaurante do hotel da avó dele. Me arrumei e fui, lá nós terminamos.
Eu tenho certeza absoluta que ele só terminou comigo porque chegou uma garota nova, a Isabella. Ela é ridícula, me odeia. Na educação física ela me deu uma bolada. Ela queria roubar o Brandon de mim, ela quer competir comigo. Ela roubou o Brandon de mim, mas ele me ama e eu o amo, nós vamos voltar.
Obrigada tia, por me "ouvir" e sempre se preocupar comigo. Eu estou indo dormir agora, amo vocês!"
  Enviei o e-mail e desliguei o computador, peguei meu pijama e fui me banhar. Entrei no banheiro, me despi e entrei no box. A água era morna, fiquei embaixo do chuveiro durante um tempo. 
  Estava pensando no dia de hoje. Ele sente ciúmes do Dylan com a ruivinha e Dylan demonstra interesse por ela. Vou usar isso a meu favor, amanhã eu vou conversar com Dylan sobre isso. Seria perfeito, Dylan deixaria Brandon com ciúmes o que faria com que a ruivinha e ele brigassem. O ciúmes e a briga não o deixaria pensar e é aí onde eu entro e acabo de vez com esse namoro. 
-Você será meu e só meu. -disse em voz alta e sorri em seguida, satisfeita com meu plano-
  Terminei meu banho, vesti meu pijama e fui me deitar. Dormi completamente feliz e ansiosa com o meu infalível plano. Só bastava fazer a cabeça de Dylan o que seria fácil, ele é meio bobinho e está apaixonado, um alvo fácil.
  Dormi imaginando meu plano..
  Meu despertador me acordou e eu fui me arrumar, fiz minha higiêne matinal e me banhei. Saí do banheiro e fui procurar uma roupa. Vesti um short jeans e uma bata de mangas curtas branca transparente e um sutiã rosa. Vesti um casaco preto e uma sapatilha.
Meu cabelo ficou solto em um estilo um pouco bagunçado, coloquei um cordão prata grande e um menor, pus pulseiras e relógio no braço. Passei maquiagem e peguei minha bolsa.
  Fui para cozinha e preparei meu café da manhã, cereal. Comi e minha mãe não estava em casa, olhei a sala e ela também não estava lá. Terminei meu café e lavei minha tigela, quando ia sair minha mãe aparece, ela usava uma camisa branca larga e antiga e um short preto. Seus olhos estavam borrados de rímel, com certeza ela chorou.
-Como está?
-Melhor quando você sair. -ela respondeu seca-
-Tem comida na geladeira que preparei ontem antes de sair, é só esquentar no microondas. -disse não mudando o tom de voz, eu apenas ignorei seu comentário, ela não respondeu- Poderia ao menos me desejar um bom dia.
Ela virou para mim fria e voltou a olhar a televisão. Revirei os olhos e ia saindo de casa.
-Espere. -me virei para ela- 
-Sim?
-Por que terminou com o Brandon?
-Como sabe disso? -ela me olhou sem nada dizer, suspirei derrotada, ela não diria o porquê- Não terminamos, apenas tivemos uma discussão, mas já vamos nos resolver.
-Aposto que ele enjoou de você, depois de tanto brincar perdeu a graça. -ela disse e riu debochada- Quem será o próximo a brincar? -ela voltou a rir-
  Aquilo me atingiu, eu sai de casa com lágrimas aos olhos, não chorei a rua não era um bom lugar para chorar.
  Fui para escola correndo, ela era próxima da minha casa, chegando lá entrei pelos fundos e fui diretamente ao banheiro. Lá eu desabei, a essa hora ninguém ia lá, era só eu e o espelho. Chorei apoiada na pia e depois levantei meu rosto. Minha maquiagem estava borrada, meu rímel estava espalhado pelo meu rosto. 
  Dei um nó em meu cabelo e levantei as mangas de meu casaco, lavei meu rosto e o fitei diante ao espelho. Eu lembrava dos últimos dias de sofrimento e da dor que minha mãe me causou ao dizer aquilo, o que ela achava que eu era?
  Olhei para meu pulso e ele estava sem marcas, a muito tempo eu não me feria. Tirei minhas pulseiras e peguei uma lâmina pequena que deixo em minha bolsa. Eu já havia feito isso antes, a tempos atrás, eu via alguns casos na televisão e na internet que algumas pessoas faziam para tentar se matar e outras para simplesmente aliviar-se de tanta dor..
  Na primeira vez que fiz ajudou e depois eu fiquei muito arrependida, mas agora me cortar era a única coisa que se passava na minha mente.. 
  Passei a lâmina em minha pele, ela estava afiada. No momento do corte senti um alívio enorme, a dor de meu pulso substituía a dor que eu sentia por dentro. Era como se toda a dor que eu sentia fosse embora através do corte.
  O sangue em meu pulso estava ficando mais intenso e o desespero começou a aparecer. Na primeira vez em que me cortei não saiu tanto sangue, eu olhava para meu pulso, mas não me movi, no fundo aquilo não me incomodava. Caíram algumas gotas de sangue no chão e eu saí daquele transi, levei meu braço até a pia e abri a torneira.
  A água gelada fez o ferimento arder um pouco, lavei o ferimento e minha lâmina. Guardei minha lâmina e fiz um curativo em meu braço. Ir até a enfermaria seria tolice, elas ligariam para minha mãe e ela não iria se importar, eles iriam me levar a especialistas.. Não. Eu não faria isso.
  Terminei meu curativo e limpei o sangue que derramei, olhei para meu curativo e coloquei minhas pulseiras, cobri meu braço com o casaco e retoquei minha maquiagem. Saí do banheiro e fui para a entrada da escola, o sinal ainda não havia tocado. Me juntei as meninas que me procuravam e ficamos conversando.
Estava ansiosa para o intervalo. Eu falaria com Dylan hoje.
FIM DA NARRAÇÃO DE JENNIFER

Continua...

Respondendo aos comentários:
Brunna Ramos: Own, que bom que gostou, espero que tenha gostado desse também ^-^ Desculpe por te assustar, rsrs. Dedico esse capítulo a você como um pedido de desculpas, haha.

Uma nova realidade


  A fila da roda gigante não estava tão grande éramos a terceira dupla a entrar. Logo entramos na roda gigante.
-E, então sobre o que quer conversar? -ele me perguntou com um sorriso encantador-
-eu retribui o sorriso- Já descobri algumas coisas sobre você e você sobre mim, já trocamos um segredo, mas tem uma coisa que eu não sei sobre você.
-O que? -ele me perguntou aproximando seu rosto ao meu-
-Seu nome. -eu sorri fraco e abaixei um pouco a cabeça-
-ele riu- Eu me perdi tanto em seus olhos que nem me apresentei. -ele disse um pouco incrédulo com sua atitude, eu ri- Brandon Richard Lee, é um prazer conhecê-la. -ele brincou e apertou minha mão formalmente-
-eu ri de sua brincadeira- O prazer é meu senhor Lee. -rimos-
-E então, gostou da montanha-russa? -ele riu lembrando-
-eu ri e dei um tapa de leve em seus ombros- Bom, de início eu me assustei, mas depois eu só me diverti. Foi bem legal! -eu disse sorrindo-
-É, quando fui pela primeira vez também me assustei um pouco. -ele confessou-
-Deve ter gritado como uma garotinha. -eu brinquei-
-Ha ha. -ele debochou me fazendo rir um pouco mais-
  Estar ao lado dele me trazia uma alegria imensa, é como se minhas tristezas e preocupações nunca tivessem existido. E quando ele me olhava eu me perdia completamente, tudo desaparecia e minhas pernas falhavam, meu coração batia tão rápido e tão forte que até ele podia escutar, ele me tinha tão facilmente. Bastava ele sorrir para eu sorrir e minhas pernas amolecerem, bastava aquele olhar para minhas bochechas rosarem e bastava ele se aproximar de mim para meu coração disparar em um ritmo inacreditável. Eu estou completamente perdida, não sei direito o que sinto, mas sei que é a melhor sensação do mundo.
  O brinquedo parou e todos desceram. Nós fomos caminhando de mãos dadas até um canto do parque, havia alguns bancos e era o lugar mais calmo do parque, nos sentamos para esperar os outros. Mel e Patrick logo nos viram e caminharam até nós.
-E então, estão se divertindo? -Patrick perguntou para nós dois-
-Bastante! -eu e Brandon dissemos juntos-
-E vocês? -perguntei-
-Estamos. -Patrick disse olhando para Mel e ela sorriu timidamente, algo acontecera-
-Onde estão os outros? -Perguntou Brandon-
-Não sei, eles estavam conosco, mas depois foram comer, eu acho. -disse Melany-
-Pensei que iriamos todos juntos. -disse Brandon-
-O combinado era esse, mas Jennifer queria comer então as garotas foram com ela e os garotos foram jogar no tiro ao alvo. -Patrick explicou-
-Então vamos lá neles. -disse Brandon e nós fomos-
  Chegando lá encontramos os meninos perdendo, Dylan parecia ganhar e ria deles. Ri do entusiasmo dele, ele parecia um garotinho feliz por ser o melhor. Nós fomos jogar também, agora estava na vez de Brandon e ele estava ganhando, Dylan se aproximou de mim para conversar.
-Seu namorado é bom. -eu paralisei durante três segundos pela frase, fiquei um pouco aflita para responder, eu queria que Dylan estivesse dizendo a verdade-
-Ele não é meu namorado. -tentei pronunciar indiferentemente, funcionou-
-Ah. Pensei que estivessem juntos. -ele disse e eu sorri de lado tentando fazer com que ele mudasse de assunto, ele apenas se calou-
-Mas você é bom também. -eu disse-
-É, eu jogo muito bem! -ele brincou e rimos-
-Garanto que sou melhor. -eu disse-
-É um desafio?
-Sim.
-Considere-se uma perdedora. -ele disse sorrindo, aquilo estava o divertindo-
-eu balancei a cabeça- Veremos. -disse e fomos jogar-
  Ele era bom de mira, mas eu era melhor. Ganhei o jogo, mas não ganhei prêmio pois perdi para Melany. O jogo aqui era diferente, eu teria que acertar mais que meu adversário e se eu ganhasse duas vezes levaria prêmio, mas perdi a segunda.
-Te deixei ganhar nessa. -ele disse-
-Não sabe perder? -brinquei e rimos-
-Não perdi, te deixei ganhar. -ele disse-
-Claro que sim.
-ele riu- Brincadeira, parabéns! -ele disse e abraçou meus ombros-
-Obrigada! Você jogou bem também! -eu disse-
-Obrigado. -ele disse- Está com fome? -ele perguntou-
-Um pouco, vamos esperar os outros acabarem de jogar e vamos todos comer! -eu disse-
-Claro. 
  Olhei os outros jogando e eu e Dylan conversávamos e riamos de algumas coisas. Ele era uma ótima pessoa, seriamos bons amigos. Olhei para os lados e meus olhos pararam em Brandon, ele não estava com uma aparência amigável, ele olhava para mim e para Dylan eu desviei o olhar e levantei do banco, eu e Dylan fomos até a barraca ao lado, era uma lojinha.
  Eu fiquei um pouco assustada com o olhar de Brandon, eu podia sentir ele olhando para Dylan, encostado no brinquedo com os braços cruzados, seus músculos estavam contraídos e ele parecia rígido quando o olhei. Eu o olhei novamente e ele relaxou os músculos, Patrick o chamou e todos estavam vindo em nossa direção. 
-O que achou deste Bella? -Dylan perguntou sobre um cordão um pouco impaciente pela minha distração repentina-
-Achei lindo. -eu disse-
-Ótimo, vou levar. -ele disse pegando a carteira e pagando o cordão-
  Todos estavam lá, Jennifer estava grudada em Brandon o que me causou uma reação um tanto desconhecida. Uma chama bem forte queimava em minhas veias, aquela cena me incomodava demais. Eu não sabia explicar o que estava sentindo, nunca havia sentido aquilo antes, aquilo me incomodava, e o fato de Jennifer falar com ele com aquele olhar não ajudou em nada. Eu parecia me descontrolar, queria tirá-la de perto dele e ficar lá com ele.
-Bella, quer pizza? -Perguntou Mel-
-Claro. -eu desviei meus olhos para ela-
-Ok, então vai ser pizza. -ela disse-
  Todos estávamos indo comer, mas eu queria falar com Melany então a chamei para ir ao toalete.
-Vamos sim! -ela disse e fomos ao toalete-
  Entramos e eu me descontrolei, por incrível que pareça não tinha ninguém lá, apenas eu e Melany. 
-POR QUE ELA TEM QUE ESTAR TÃO PERTO DELE? UMA PESSOA NORMAL CONSEGUE FALAR AFASTADA UMA DA OUTRA. -eu gritei, Melany se assustou-
-Bella, não grite.
-Me perdoe Melany, mas caramba ela não precisa estar tão perto dele. -eu disse-
-Está com ciúmes? -ela me perguntou-
-Ciúmes? -perguntei-
-É.
-Não sei do que está falando. -disse me virando para o espelho olhando para baixo-
-Bella? -levantei meu rosto olhando para seu reflexo- Nunca sentiu ciúmes? -ela perguntou incrédula-
-Não. -eu confessei e ela riu- Pare de rir.
-Perdão. Mas o que você sente agora se chama ciúmes. -ela disse-
-Já ouvi falar, mas nunca havia sentido. -eu disse rindo de leve-
-Não é a única. -ela disse-
-Como assim?
-Brandon estava com ciúmes de você com Dylan, por isso a aproximação de Jennifer.
-Continuo sem entender.
-ela revirou os olhos- Bella, você é tão tola. Dylan demonstrou interesse em você e Brandon sabe disso, quando você e Dylan foram conversar Brandon sentiu ciúmes. Jennifer pareceu notar isso também e se aproveitou para se aproximar de Brandon. E agora você está com ciúmes.
-Ele sentiu ciúmes? -saber aquilo me deixou contente-
-Todo mundo reparou Bella, menos você. -nós rimos- Vamos voltar?
-Vamos.
  Voltamos e Patrick estava de um lado da mesa com uma cadeira vazia ao seu lado, ele estava de frente a Brandon que estava com uma cadeira vazia a seu lado. Jennifer estava ao lado de uma amiga e Dylan estava na terceira mesa.
  Mel se sentou ao lado de Patrick e eu me sentei ao lado de Brandon.
-Já fizemos o pedido. Gostam de pizza de calabresa? -Brandon perguntou agora calmo como antes-
-Sim. -eu e Mel respondemos-
  Nossa pizza ficou pronta e Patrick e Brandon foram buscar, comemos e eu e Brandon saímos da mesa e fomos para o canto mais calmo do parque, era um caminho cercado até um pedaço do mar, a lua estava linda.
  Nós andamos de mãos dadas até o final do caminho, viramos um para o outro e uma leve e fria brisa levou uma mecha de meu cabelo até meu rosto, ele tirou com calma e colocou atrás de minha orelha, ele alisou meu rosto com seu dedo, a sensação de sua pele tocar a minha era maravilhosa, senti borboletas voarem em meu estômago. Ele desceu a mão dele e a colocou em seu bolso.
-Eu tenho um presente para você. -ele disse sorrindo-
-eu logo sorri para ele- O que é?
-Está lá no carro, vou lhe entregar depois. -ele aumentou o sorriso ao me ver curiosa-
-Tudo bem. -eu disse- 
-Me perdoe. -ele disse para mim-
-Pelo o que? -perguntei-
-Pela forma como agi, vê-la com o Dylan me causou uma sensação nunca sentida antes, não sei explicar muito bem, mas senti ciúmes de vê-lo com você. -ele disse ficando rígido novamente, eu me virei para ele e segurei seu rosto-
-Você lembra quando me disse que alguns garotos queriam algo comigo? Eu disse que mesmo eles tentando não conseguiriam nada. Você me perguntou se eu não me interessei por alguém. E sim, eu me interessei por um. -eu disse e ele olhou em meus olhos- Por você. -a verdade saiu automaticamente de meus lábios-
-ele sorriu ao ouvir- Uma vez me perguntaram se eu já tinha me apaixonado, eu disse que não, aquilo de alguma forma me incomodou. Eu olhava alguns casais e via algo em seus olhares, eu comecei a morrer de uma certa forma, eu não sentia aquilo, me sentia uma máquina, algo automático, me sentia um estranho adormecido. Meu coração nunca havia acelerado e minhas mãos nunca haviam suado antes, até eu te conhecer. Você me acordou de um transe, esse tempo todo eu só precisei de você para me sentir completo, para realmente viver. -aquelas palavras me deixaram sem fala, eu não sabia o que dizer-
  Ele se aproximou de mim e eu dele, ele acariciou meu rosto e logo depois iniciou um beijo. Seus lábios eram tão macios quanto uma nuvem, o beijo foi calmo e desejado de ambas as partes, eu abracei seu pescoço e ele minha cintura, eu já não conseguia descrever o que estava sentindo, eu sentia as borboletas, eu já não sabia onde estávamos e isso realmente não me interessava agora.. Encerramos nosso beijo selando nossos lábios, sorrimos entre lábios. Nos olhávamos feito tolos. Seu sorriso conseguiu ser mais perfeito, e seus olhos estavam mais intensos.
  Selamos nossos lábios novamente e demos as mãos. Meu celular começou a tocar me deixando com raiva dele, era Luana.


Continua...

Hey angels, quanto tempo. Sentiram minha falta? É, eu sei que não, mas eu senti muita falta de vocês *-*
Justificativa da minha ausência: Eu estou fazendo curso preparatório, tenho escola e uma imensa casa para arrumar, eeeeeeeeeeeeee \o/ (mentira, isso não é bom -' -a parte da casa-).
Mas eu estou de volta e eu espero que me perdoem pela demora. Espero que tenham gostado desse capítulo ^-^
Kisses and Bye!

Respondendo aos comentários:
Brunna Ramos: Aqui está o capítulo seguinte para alimentar sua curiosidade, haha. Bom, eu sou um pouco malvada, gosto de deixar meus leitores com um pouco de curiosidade (I'm a bad girl, hahaha). Obrigada flor *-* Eu fico maravilhada ao ler comentários como o seu, isso me estimula muito. Espero que tenha gostado desse capítulo ;) Espero que você não tenha se assustado com as boas vindas, rsrs!

Lú: Obrigada por vir avisar luvie, já estou seguindo ;) Não me abandone aqui tá? *o*

Leitora nova..



Bem vinda Brunna Ramos:


Espero que goste de You Are My Wakness:


Então.. 




Já chega não é Tay?